· 1 8 · VII En los poemas tejidos de Olga de Amaral no hay descripciones literales, sino abstracciones que evocan o aluden. Son la voz de un ser femenino ancestral que, desde Penélope, aprendió a tejer y a destejer el vacío de la espera entre la vigilia y el sueño, convirtiéndolo en red de ilusiones que sustenta el mundo; en paño que abriga contra la desventura; en instrumento para la invocación o aplacamiento de fuerzas superiores; en pretexto para conversaciones con otros o consigo misma; en manifiesto de alegría o perplejidad; en obras de arte que expresan la experiencia estética y vital de la artista, para quien la posibilidad de crear constituye su justificación última. VII Nos poemas tecidos de Olga de Amaral não há descrições literais. Há abstracções que evocam ou aludem. São a voz de um ser feminino ancestral, que desde Penélope, aprendeu a tecer e a desfazer o vazio da espera entre a vigília e o sono, convertendo- o em malha de ilusões que sustenta o mundo; em pano que abriga contra a desventura; em instrumento para a invocação ou o apaziguamento de forças superiores; em pretexto para conversações com os outros ou consigo mesma; em manifesto de alegria ou de perplexidade; em obras de arte que exprimem a experiência estética e vital da artista para quem a possibilidade de criar constitui a sua justificação última. A l q u i m i a 9 3 2004, lino, gesso, hoja de oro; 130 × 70 cm, colección de la artista.

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